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Realização

São Jerônimo da Serra



A chamada colonização da área onde hoje se situa o município de São Jerônimo da Serra começou com a (re) ocupação das terras do Norte do Paraná, principalmente a partir da segunda metade do século XIX. Havia também na região a presença de grupos indígenas de kainguangues e Guaranis originados dos “jês” (população indígena datada de aproximadamente 7000 anos). Vale lembrar que nos séculos XVI e XVII as tribos indígenas da região foram organizadas pela colonização portuguesa e pelos jesuítas.


Durante os governos de D. Pedro I (1822-1831) e dos regentes, no Período Regencial (1831-1840), a luta pela emancipação político-administrativa do Paraná com relação à província de São Paulo se acirrou o que levou a conquista da emancipação do estado, em 1853, já no governo de D. Pedro II, no 2º Império (1840-1889). A partir de tal fato histórico, uma das grandes preocupações dos governos paranaense e imperial foi a “ocupação” de áreas que ainda não tinham sido incluídas no processo capitalista e urbano, isto é, não eram “civilizadas”. Assim, as expedições militares realizadas no período almejavam catequizar os índios, como os Guaranis e Kaingangues. Em 1851 foi criada a Colônia Militar de Jatahy por João da Silva Machado, conhecido como Barão de Antonina onde hoje está localizado o município de Jataizinho, nas margens dos Rios Tibagi e Paranapanema.


Vale ressaltar, que durante a década de 1850, o então Imperador Dom Pedro II, mais especificamente no ano de 1854, enviou a primeira expedição com a missão de catequizar os indígenas, sob o comando dos sertanistas Joaquim Francisco Lopes e João Elliot.  Ainda no ano de 1854 foi instalado o povoado, denominado de “Aldeamento de São Thomas de Papanduva”, sob a direção do sertanista Joaquim Francisco Lopes, que foi responsável pela (re)ocupação da atual área do município de São Jerônimo da Serra. No entanto, existe uma teoria que contesta o primeiro nome de São Jerônimo da Serra que seria São Thomas de Papanduva.


Em 1867, ao que tudo indica, uma nova expedição chegou ao aldeamento sob o comando do Coronel João da Silva Machado (conhecido como Barão de Antonina) e dos religiosos Frei Luiz de Cemitille e Frei Timóteo. Neste mesmo ano o aldeamento passa a receber o nome de “São Jerônimo”, pelo motivo do Frei Luiz ter construído a primeira capela em homenagem ao santo, hoje padroeiro da cidade.


No final do século XIX e no início do século XX a extração da madeira e a cultura de café foram conquistando grande importância no município. Com o início da crise do café, na década de 1960 e principalmente na década de 1970, houve uma diversificação das atividades agrícolas o que levou ao plantio de algodão, soja, milho, trigo, arroz, feijão e hortaliças, além da criação de gado bovino e ovino, a instalação de cerâmicas e a exploração de madeiras com importância considerável.


Com a cultura do café e influência da Igreja Católica Apostólica Romana, ocorreu a chegada de muitos imigrantes: grupos de italianos, espanhóis, portugueses, japoneses, que vieram diretamente de seus países ou chegaram a outros Estados do Brasil, como São Paulo, para depois se dirigirem ao Paraná e mais especificamente, à São Jerônimo da Serra. Também merecem destaque, os migrantes nordestinos, paulistas e mineiros que também foram atraídos pela cultura do café em terras paranaenses.

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